Respondendo ao islã

 

A confusão do Islã sobre a crucificação de Jesus Cristo

Por Derik Adams

Tradução de Wesley Nazeazeno

 

Allá (supostamente) diz no Capítulo 4, verso 147 do Alcorão em referência aos Judeus e Cristãos:

E por seu dito: “Por certo, matamos o Messias, Jesus, Filho de Maria, Mensageiro de Allah.” Ora, eles não o mataram e nem o crucificaram, mas isso lhes foi simulado. E, por certo, os que discrepam a seu respeito estão em dúvida acerca disso. Eles não têm ciência alguma disso, senão conjecturas, que seguem. E mataram, seguramente. 4.157 – NASR

Decidi conferir se Allá é consistente nisso e se assegurou-se de que sua própria Ummah Muçulmana (nação, comunidade) não tem dúvidas ou um conhecimento incerto a respeito do que realmente aconteceu na Crucificação. Por fim, se Allá não pode deixar sua mais nova Ummah absolutamente certa e sem dúvidas quanto a este assunto, por que ele aumentaria as críticas aos Judeus e Cristãos pela mesmíssima razão?

Então, deixem-nos dar uma olhada em alguns poucos conceitos Islâmicos sobre o que exatamente aconteceu lá no primeiro século.

A Teoria da Substituição

Esta teoria é advogada por um número de exegetas. Observaremos três comentários clássicos.

Abu Al-Fida ‘Imad Ad-Din Isma’il Bin ‘Umar bin Kathir Al-Qurashi Al-Busrawi (1301-1373), um famoso comentarista do Alcorão faz uma exposição de 4.157:

Os Judeus também disseram,

(“We matamos Al-Masih, ‘Isa, filho de Maryam, o Mensageiro de Allah,”) significando, nós matamos a pessoa que alegou ser o Mensageiro de Allah. Os Judeus apenas proferiram estas palavras em gracejos e escárnio, tal como os politeístas disseram,

(Ó, tu para o qual o Dhikr (o Alcorão) foi enviado! De fato, és um homem louco!) Quando Allah enviou ‘Isa com provas e orientação, os Judeus, que as maldições, fúria, tormento punição de Allah sejam sobre eles, o evitaram por ser um profeta e por seu milagres evidentes; curando os cegos e leprosos e trazendo os mortos de volta à vida, pela permissão de Allah. Ele também fez a forma de uma passarinho de argila e assoprou sobre ele e ele se transformou pela permissão de Allah numa ave a voou. ‘Isa realizou outros milagres com os quais Allah o honrou, mesmo que ainda os Judeus o tenham desafiado e tentado de tudo para o prejudicarem. O Profeta de Allah, ‘Isa, não pôde viver nenhuma cidade por muito tempo e teve que viajar frequentemente com sua mãe, que a paz seja sobre eles. Mesmo assim os Judeus não estavam satisfeitos, e foram ao rei de Damasco naquele tempo, um Grego politeísta que adorava as estrelas. Eles o disseram que havia um homem em Bayt Al-Maqdis desviando e dividindo o povo em Jerusalém e trazendo mal-estar aos assuntos do rei. O rei ficou furioso e escreveu a seu delegado em Jerusalém para que prendesse o líder rebelde, que fizesse parar com o mal-estar, que o crucificassem e o fizessem vestir uma coroa de espinhos. Quando delegado do rei em Jerusalém recebeu essas ordens, ele foi com alguns Judeus à casa onde ‘Isa estava residindo, e ele estava com doze, treze ou dezessete de seus companheiros. Este dia era uma sexta-feira, de noite. Eles cercaram ‘Isa em casa, e, quando ele sentiu que logo entrariam em sua casa e que mais cedo ou mais tarde ele teria que de lá sair, ele disse a seus companheiros, “Quem se voluntaria a se parecer comigo, o qual será meu companheiro no Paraíso” Um jovem rapaz se voluntariou, mas, ‘Isa pensou que ele era jovem demais. Ele perguntou novamente uma segunda e uma terceira vez, a cada vez o jovem se voluntariava, levando ‘Isa a dizer, “Está bem, você será o homem.” Allah fez o rapaz se parecer exatamente igual a ‘Isa, enquanto um buraco fora aberto no telhado da casa, e ‘Isa foi adormecido e assunto ao céu enquanto dormia. Allah disse,

(e (lembre-se) quando Allah disse: “Ó, ‘Isa! Eu o tomarei e o trarei a Mim mesmo.”) Quando ‘Isa foi assunto, aqueles que estavam na casa saíram. Quando aqueles que cercavam a casa viram o homem que se parecia com ‘Isa, eles pensaram que fosse ‘Isa. Então o pegaram de noite, crucificaram-no e puseram uma coroa de espinhos em sua cabeça. Os Judeus então se orgulharam que haviam matado ‘Isa e alguns Cristãos aceitaram sua falsa alegação em virtude de sua ignorância e carência de razão. Já os que estavam na casa com ‘Isa, testemunharam sua ascensão ao céu, enquanto os demais pensaram que os Judeus mataram ‘Isa crucificado. Eles também dizem que Maryam se pôs abaixo do corpo do homem crucificado e chorou, e dizem que o homem morto falou com ela. Tudo isso foi uma teste vindo da sabedoria de Allah para Seus servos. Allah explicou esse assunto no Glorioso Alcorão, o qual enviou para Seu honorável Mensageiro, o qual Ele apoiou com milagres e claras e inequívocas evidências. Allah é o Mais Confiável, e Ele é o Senhor dos mundos que sabe os segredos que os corações ocultam, os assunto ocultos nos céus e na terra, o que aconteceu, o que acontecerá e o que aconteceria se ele houvesse decretado. Ele disse,

(mas eles não o mataram, nem o crucificaram, mas isso lhes foi simulado,) referindo-se à pessoa que os Judeus pensaram que fosse ‘Isa. É por isso que Allah diz mais adiante,

(e os que a isto diferem estão em dúvida. Eles não tem conhecimento e seguem nada mais do que conjecturas.) referindo-se aos Judeus que disseram ter matado ‘Isa e aos Cristãos ignorantes que neles creram. De fato, todos eles estão em confusão, equívoco e em dúvida. É por isso que Allah disse,

(Por certo eles não o mataram.) Querendo dizer que eles não estão certo de que ‘Isa foi aquele que mataram. Ou melhor, eles estão em dúvida e em confusão a este respeito.

(Mas Allah elevou-o para Si mesmo. E Allah é Todo-Podoroso, Eterno,) significando, Ele é Poderosíssimo, e Ele nunca é fraco, e nem aqueles que nEle procuram refúgio nunca serão objeto da disgraça,

(Sábio.) em tudo o que Ele decide e ordena para Suas criaturas. De fato, Allah é a mais pura sabedoria, a prova inequívoca e a mais gloriosa autoridade. Ibn Abi Hatim registrou que Ibn ‘Abbas disse, “Pouco antes de Allah ter tomara ‘Isa para os céus, seu cabelo pingava gotas de água e ele disse, ‘Há aqueles dentre vós que descrerão em mim doze vezes após ele ter me crido.’ Então ele perguntou, ‘Quem se voluntaria a ter sua imagem parecida com a minha, e ser morto em meu lugar? Ele estará comigo (no Paraíso)’  Um dos mais jovens dentre eles se voluntariou e ‘isa pediu que ele se sentasse. ‘Isa novamente pediu por um voluntário e o jovem continuou se oferecendo, e ‘Isa pedia que ele se sentasse. Então o jovem se voluntariou novamente e ‘Isa disse, ‘Você será este homem’, e o semblante se ‘Isa foi posto sobre o rapaz enquanto ‘Isa era erguido ao céu a partir de um buraco na casa. Quando os Judeus vieram procurando por ‘Isa, encontraram o rapaz e o crucificaram. Alguns dos seguidores de ‘Isa desacreditaram-no doze vezes após terem crido. Então eles se dividiram em três grupos. Um grupo, Al-Ya’qubiyyah (Jacobitas), disse, ‘Allah permaneceu conosco o tanto que desejou e, então, foi erguido aos céus.’ Outro grupo, An-Nasturiyyah (Nestorianos), disse, ‘O filho de Allah esteve conosco pelo tempo que Allah quis e Allah o tomou para o céu.’ Outro grupo, Muçulmanos, disse, ‘O servo e Mensageiro de Allah permaneceu conosco pelo tempo que Allah quis, e Allah o tomou para si.’ Os dois grupos descrentes cooperaram contra o grupo Muçulmano e os mataram. Desde que isso aconteceu, o Islã foi ocultado até que Allah enviou Muhammad.’ Esta declaração tem uma cadeia de narrativas autênticas conduzidas a Ibn ‘Abbas, e An-Nasa’i narrou isto através de Abu Kurayb, o qual relatou a Abu Mu'awiyah. Muitos dentre a Salat disseram que ‘Isa perguntou se alguém se voluntariava a receber sua aparência, e este fora morto ao invés de ‘Isa, de modo que seria seu companheiro no Paraíso. (Tafsir Ibn Kathir sobre 4:157)

Tafsir al-Jalalayn é uma das tafsir mais significantes para o estudo do Alcorão. Composta pelos dois ‘Jalal’ – Jalal al-Din al-Mahalli (864 h. / 1459 d.C.) e seu pupilo Jalal al-Din al-Suyuti (911 h. / 1505 d.C.), a Tafsir al-Jalalayn é geralmente conceituada como uma das mais facilmente acessíveis obras de exegese do Alcorão por conta de seu estilo simples e por seu único volume total. Pela primeira vez a Tafsir al-Jalalayn está completamente traduzida para o Inglês numa tradução altamente apurada do Dr. Feras Hamza.

Al-Jalalayn sobre 4:157

E por dizerem jactanciosamente, ‘Matamos o Messias, Jesus, o filho de Maria, o Mensageiro de Deus’, tal como eles dizem: em outras palavras, por todas essas [razões] Nós os punimos. Deus, exaltado seja Ele, diz, repudiando suas alegações de terem-no matado: e ainda que não o tomaram e o crucificaram, mas ele, o que fora mal-tratado e crucificado, o qual foi um associado deles [os judeus], recebeu a aparência de Jesus. Em outras palavras, Deus lançou-lhe a semelhança [de Jesus], então pensaram que era ele [Jesus]. E os que discordam a este respeito, isto é, a respeito de Jesus, certamente que estão em dúvida, porque alguns deles disseram qual viram o homem abatido: o rosto é de Jesus, mas o corpo não é dele, então este não é ele; e outros disseram: não, é ele. Eles não têm nenhum conhecimento, seguem apenas conjecturas (illa ittiba’a l-zann, é uma exceção contínua) em outras palavras: ‘pelo contrário, eles seguem conjecturas a seu respeito, as quais imaginaram [ter visto]’; eles por certo não o mataram (yaqinan, uma ênfase circunstancial qualitativa de negação da morte).
(Tafsir Al Jalalayn sobre 4:157)

Tafsir Ibn ‘Abbas. Atribuída várias vezes ao Companheiro Abdullah Ibn Abbas (morto em 68/687 d.C.) e a Muhammad ibn Ya’qub al-Firuzabadi (morto em 817/1414), Tanwîr al-Miqbâs é uma das obras pivotais para se entender o meio que influenciou a exegese do Alcorão. Apesar da autoria incerta e de sua dependência de controversas Isrâ’iliyyat ou histórias Israelitas, Tanwîr al-Miqbas, não obstante, oferece aos leitores uma compreensão valiosa da circulação e troca de idéias popular entre o Islã, Judaísmo e Cristianismo durante a fase formativa da exegese Islâmica.

Ibn ‘Abbas sobre 4:157

(E por terem dito: Matamos o Messias, Jesus filho de Maria, mensageiro de Allah) Allah destruiu o homem deles, Tatiano. (Eles não o mataram e nem o crucificaram, mas isso lhes foi aparente) Allah fez Tatiano se parecer com Jesus, então mataram-no ao invés de Jesus; (e, por certo que os que a isto discordam) concernente a sua morte (estão em dúvida) em dúvida a respeito de sua morte; (eles não tem conhecimento, senão conjecturas que seguem) nada além de suposições; (eles não o mataram, certamente) i.e. certamente não mataram a Jesus. (Tafsir Ibn ‘Abbas sobre 4:157)

Como fora apontado em algum lugar em Answering-Islam (*), há desacordo sobre quem substituiu Cristo:

“1. Deus fez com que alguém se parecesse com Jesus, o qual foi, então, crucificado em seu lugar. Isso é conhecido com a teoria da substituição, mas esta interpretação está envolta a vários problemas. Primeiro, quem de fato foi feito parecer-se com Cristo. Os Muçulmanos não são unânimes:

A.        Alguns dizem que foi Judas.

B.         Outros dizem que foi um dos discípulos de Jesus.

C.         E ainda outros dizem que foi um soldado Romano chamado Titawus (Tatiano).”

A Teoria do Desmaio

2. Jesus foi crucificado, mas não morreu. Ele desmaiou na cruz e depois se recuperou.

Embora a teoria do desmaio seja mantida principalmente pela Ahmaddiyas e pela Nação do Islã, grupos que são considerados heréticos, também há Muçulmanos Sunnitas ortodoxos que têm igualmente adotado esta teoria. O mais famoso Sunita a adotar e abraçar esta visão por propósitos polêmicos é Ahmed Deedat.

Akbarally Meherally é outro que se decidiu a abraçar essa teoria (Artigo 1, Artigo 2). Meherally também vai tão longe ao ponto de negar a teoria da substituição.

O Muçulmano apologeta Shabir Ally tentou defender essa teoria (de longe sem sucesso, devo acrescentar) em seu debate com o Dr. William Lane Craig, “Jesus de Nazaré ressuscitou fisicamente dos mortos?”, debate ocorrido na Segunda-Feira de 4 de Março de 2003, na Universidade de Toronto. Quando confrontado na hora de Perguntas e Respostas pelo apologeta Cristão, Tony Costa Jr., sobre por que o Sr. Ally estava promovendo a posição dos Ahmaddiya da teoria do desmaio, sabendo-se que esta visão é considerada herética pelos Muçulmanos ortodoxos, respondeu posteriormente:

... então considerando que os Muçulmanos Sunitas, com autoridade de muitos registros autênticos dos tempos do Profeta Mohamed como Bukhari e Muslim dentre outros, crêem que Jesus regressará novamente uma segunda vez, o grupo Ahmaddiya crê que Jesus não voltará porque ele já, na verdade, retornou na pessoa do fundador de seu grupo. Eu creio que Jesus retornará mais uma vez.

Agora nossa posição parece se cruzar com o ponto de Jesus sobreviver à morte na cruz. Dei uma olhada em alguns registros que são geralmente seguidos por Muçulmanos Sunitas, entendendo que outro alguém substitui a Jesus na cruz, e vi que, apesar da variedade de registros, os comentaristas não podem concordar precisamente sobre o que acontece aqui e como exatamente surgiu o substituto. E parece que estão seguindo registro que originados do Iraque, segundo uma excelente análise feita por Neal Robinson, que agora é Muçulmano, em seu livro ‘Cristo no Islá e no Cristianismo’. E, olhando para o próprio texto do Alcorão, que tem a melhor interpretação de si próprio, vemos que seu texto termina com um resumo que diz wama qataloohu yaqeenan, “eles não o mataram definitivamente”, Bal rafaAAahu Allahu ilayhi, “mas Deus o elevou para si próprio.”  Eu tomo isto como um resumo de toda a discussão sobre o que aconteceu com Jesus. Houve um complô para matá-lo, ma eles não o mataram e nem o crucificaram, crucificaram-no no sentido de matá-lo por crucificação. Esta é a definição dada na Tafsir-Ul-Qur’na de Abdul Majid Daryabadi, que é uma Tafsir Sunita do Alcorão. Então estou bem quanto à minha linda, não mudei posicionamentos sobre o tema, mas, talvez apenas interpretações.

A Teoria da Lenda

3. A crucificação nem ao menos aconteceu, mas ela foi uma lenda, uma invenção posterior. O recente Muhammad Asad tinha esta visão:

Assim, o Alcorão categoricamente nega a história da crucificação de Jesus. Há entre os Muçulmanos muitas LENDAS FANTASIOSAS dizendo-nos que no último momento Deus substituiu Jesus por uma pessoa muito parecida com ele (de acordo com alguns relatos, esse seria Judas), o qual subconsequentemente foi crucificado em seu lugar. Entretanto, nenhuma dessas LENDAS encontra o menor apoio no Alcorão ou em tradições autênticas, e as históricas produzidas em conexão a isso pelos comentaristas clássicos devem ser sumariamente rejeitadas. Elas representam nada mais que tentativas confusas de ‘harmonização’ das afirmações do Alcorão de que Jesus não foi crucificado com a descrição gráfica dos Evangelhos de sua crucificação. A história da crucificação como tal já foi sucintamente explicada na frase do Alcorão wasakin shubbiha lahum, que interpreto como “mas isso apenas lhes foi aparente como se tivesse ocorrido” – implicando que no decurso do tempo, muito após os tempos de Jesus, uma lenda cresceu de algum modo (possivelmente sobre a poderosa influência da crença Mitraísta naquele tempo) para o efeito de que ele morreu na cruz para expiar o ‘pecado original’ no qual a humanidade está, alegadamente, preso; e essa lenda veio a ser tão firmemente estabelecida entre os seguidores dos tempos posteriores a Jesus que até seus inimigos, os Judeus, começaram a crer nela – embora que num sentido depreciatório (porque a crucificação era, nesse tempo, sinônimo de pena de morte reservado para o mais vis criminosos). Isso, em minha mente, é a única explicação satisfatória para a frase wa-lakin shubbiha lahum, de modo que a expressão shubbiha li é idiomáticamente sinônima com khuyyila li, “[uma coisa] veio a ser uma imagem fantasiosa para mim”, i.e., “em minha mente” – em outras palavras, “[isso] me pareceu” (veja Qamas, art. Khayala, bem como Lane II, 833 e IV, 1500). (p. 134, 171. Fonte online; ênfases em maiúsculas são minhas.)

Teoria da morte natural

Moiz Amjad do Understand-Islam.com defende a teoria de que o Alcorão ensina que Jesus morreu naturalmente aqui.

O historiador do século IX, Al Tabari:

“De fato, os estudiosos Muçulmanos antigos estiveram grandemente divididos sobre a exata natureza dos últimos dias de Jesus. Os estudiosos Muçulmanos antigos não compartilham uma visão uniforme a respeito dos momentos finais de Jesus, com alguns estudiosos crendo que Cristo realmente morreu e com outros dizendo que Deus o tomou para si direto para o céu sem morrer. Um exemplo de antigo estudioso Muçulmano compartilhando uma visão diferente do que é comumente promovido pelos Muçulmanos hoje é Abu Já’far Muhammad b. Jarir al-Tabari (839-923)”. Este artigo estabelece a visão de Al-Tabari e sua posição de que Jesus foi crucificado e arrebatado aos céus.

Coleção das Hadices

Finalmente, é de surpreender que alguns dos maiores volumes de hadices autênticos, incluindo os dois maiores, Sahih Bukhari e Sahih Muslim, estão completamente silenciados quanto ao assunto da Crucificação.

Um resumo dos problemas:

1 . Os Muçulmanos que aceitam a teoria da substituição não conseguem entrar em acordo sobre ‘quem’ foi o substituto. Alguns exegetas Muçulmanos que aceitam esta teoria se calam a este respeito (me lembro de um “não se sabe ao certo”)

2. As histórias de substituição não são unânimes; seus detalhes têm variações que aparentam ser sem consenso dos fatos exatos dessas histórias dos exegetas.

3. Os primeiros séculos do Islã parecem ser mais caladas a este tema, até as coleções de Hadice de Imam Bukhari e Imam Muslim estão em silêncio no assunto da Crucificação.

4. Alguns Muçulmanos crêem que Jesus foi crucificado, mas que sobreviveu à crucificação e foi arrebatado para o céu por Allá, i.e., teoria do desmaio.

5. Alguns Muçulmanos crêem que Jesus não foi crucificado de maneira algum, mas que morreu de morte natural; outra pessoa, entretanto, morreu em seu lugar.

6. Alguns Muçulmanos crêem que nenhum indivíduo específico foi crucificado, nem Jesus ou seu alegado clone, eles crêem que essa história foi inventada posteriormente pelos Judeus.

7. Os Estudiosos Islâmicos do passado e presente estão divididos neste assunto. Nos dias atuais não há uma visão unânime compartilhada pela Ummah (comunidade) de Allá.

Conclusão

Parece muito hipócrita acusar os Judeus e Cristãos de não terem nada além de conjecturas, nenhum conhecimento real, especialmente quando nenhuma contra-evidência é oferecida. Parece-nos irracional não prover nenhuma relato explícito do que realmente aconteceu e deixar que as gerações posteriores de Muçulmanos inventassem suas próprias idéias e interpretações do que aconteceu. Mais do que tudo, é inconsistente criticar um grupo de pessoas de seguirem conjecturas quando sua própria Ummah [sua própria comunidade] faz exatamente o mesmo!

Em nossa seção sobre a Crucificação você encontrará muitos outros artigos sobre este tópico crucial.

 


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Palavras-chave

Mohamed, Maomé, Muhamed, Mohammed, Islã, Islam, Alcorão, Al-Corão, Quran, Korão, Al-Korão, hadith, hadice, sharia, tafsir, islamismo. 

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