Respondendo ao islã

O Deus da Bíblia não foi forte o suficiente para salvar Jesus da morte?

Roland Clarke

Introdução: Considerando a questão em seu contexto mais amplo

Os Cristãos e os Muçulmanos reconhecem que em muitas ocasiões o Deus Todo-Poderoso salvou os crentes de circunstância perigosas, por exemplo, Noé, Ló, José, o filho de Abraão, Moisés, Jonas... Então, por que Ele não salvou a Jesus da morte?

Várias histórias de resgate

A unidade de Deus como está ensinada no primeiro mandamento é, sem dúvida, o fundamento de toda fé monoteísta. No entanto, se olharmos cuidadosamente veremos que o poder salvador de Deus é destacado como parte integral do primeiro mandamento, “Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim”. (Êxodo 20:2,3)

O assunto da unidade de Deus está evidente na canção de louvor que o povo de Moisés cantou após Deus ter dramaticamente os salvo no Mar Vermelho. Eles cantaram, “Quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu glorificado em santidade, admirável em louvores, realizando maravilhas?” (Êxodo 15:11)

A unidade de Deus também é destacada no relato dado por Moisés a seu sogro Jetro, um sacerdote Midianita, poucos dias após cruzarem o Mar Vermelho. Lemos que Moisés disse-lhe, “todas as coisas que o SENHOR tinha feito a Faraó e aos egípcios... E Jetro disse: Bendito seja o SENHOR, que vos livrou das mãos dos egípcios e da mão do Faraó... agora sei que o SENHOR é maior que todos os deuses.” (Êxodo 18:8-11)

O poder salvador de Deus o distingue dos outros ditos deuses. Exatamente por isso Deus viu oportuno incluir esse trato na introdução do primeiro mandamento. Mas, e quanto aos profetas que vieram após Moisés? Eles confirmaram a importância desse atributo?

Deixem-nos olhar para a bem conhecida história do profeta Jonas, o qual foi resgatado de uma experiência de quase-morte. Note que, no entanto, que os marinheiros foram os primeiros a escapar por pouco do afogamento. Você pode argumentar que eles estavam orando desesperadamente para seus ídolos, enquanto a tempestade ficava mais e mais forte. Mas, seus deuses não os salvaram. Finalmente eles jogaram-no ao mar como Jonas havia dito. O mar raivoso se acalmou e suas vidas foram poupadas. A Bíblia diz, “temeram, pois, estes homens ao SENHOR com grande temor, e ofereceram sacrifício ao SENHOR, e fizeram votos.” (Jonas 1:16)

Jonas mal sobreviveu à fúria da tempestade assassina, e, então, teve outra experiência de quase morte – ser engolido por um grande peixe. Entretanto, Deus milagrosamente o salvou. De dentro da barriga do peixe, Jonas orou,

“mas tu fizeste subir a minha vida da perdição, ó SENHOR meu Deus. Os que observam as falsas vaidades deixam a sua misericórdia. Mas eu te oferecerei sacrifício com a voz do agradecimento; o que votei pagarei. Do SENHOR vem a salvação.” (Jonas 2:6-9)

Eu pus certas palavras em negrito para marcar a ligação entre a exclusividade de Deus e seu poder salvador. Também vemos uma ligação estreita entre esses dois atributos nos escritos do profeta Daniel. Lemos no capítulo 3 como Sadraque, Mesaque e Abednego desafiaram o Rei Nabucodonosor quando ordenou que todos se curvassem diante de uma grande ídolo que fora posto em Dura.

Eles corajosamente desobedeceram ao Rei que os ameaçou jogar à fornalha de fogo. Eles preferiam morrer a negar seu Senhor. Quando foram milagrosamente salvos, Nabucodonosor estava maravilhado. Ele fez esse decreto,

Por mim, pois, é feito um decreto, pelo qual todo o povo, e nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abednego, seja despedaçado, e as suas casas sejam feitas um monturo; porquanto não há outro Deus que possa livrar como este. (Daniel 3:29)

Todas essas histórias mostram como Deus é ‘poderoso para salvar’. Não apenas isso, em cada história os idólatras reconheceram a supremacia de único e verdadeiro Deus que é digno de adoração. Cada história reforça o que Jetro disse – que o poder salvador de Deus o distingue como totalmente único e maior que os ídolos.

Deixem-nos consideram Isaías, outro profeta do Antigo Testamento, que também reconheceu uma ligação estreita entre a unidade de Deus e seu poder salvador. Isaías declarou a palavra do Senhor,

Pois não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador não há além de mim. Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro. Por mim mesmo tenho jurado... diante de mim se dobrará todo o joelho, e por mim jurará toda a língua. (Isaías 45:21-23)

E se Deus não resgatar?

A questão surge, “Deus sempre resgatou e salvou seus mensageiros quando estiveram em circunstâncias perigosas?” Sadraque e Mesaque bem sabiam que Deus nem sempre resgata mesmo que eles fossem confessores de que Ele tem o poder para salvar. Independentemente do desfecho que viria, eles se recusaram a se prostrar diante do ídolo.

É um ensino bem conhecido tanto no Alcorão quanto na Bíblia que os profetas foram frequentemente odiados pelos descrentes – tanto que experimentaram perseguições, sendo até mesmo martirizados. Embora os servos de Deus sejam por vezes martirizados, o povo que teme a Deus não tem dúvidas de que ele é poderoso para salvar!

Semelhantemente, quando os crentes morrem em avançada idade, não duvidamos que Deus é poderoso para salvar. É interessante ver como os Muçulmanos crêem que Deus é poderoso para salvar Jesus de morrer numa cruz, mas não crêem que Jesus será salvo de morrer no fim dos tempos. Eles crêem que ele vai ter uma morte natural, após se casar e se tornar pai, etc.

Deus resgatou a Jesus Cristo?

Você sabia que a Bíblia ensina que Deus salvou a Jesus da morte – embora se um jeito diferente do relato do Alcorão? Lemos em Hebreus 5:7,

O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia.

Deixe-me tentar explicar como Jesus foi salvo da morte citando as palavras do Apóstolo Pedro registradas em Atos 2:22-24,

A Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis; a este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.

A Bíblia diz que Jesus foi ‘morto’, mas por último foi “solto” das cadeias da morte, porque é impossível que a morte o “retesse”.

Alguns leitores que têm uma atitude cética a respeito da Bíblia podem considerar essa passagem como uma simples brincadeira com as palavras muito inteligente de alguém que modificou o real sentido do texto. Deixarei que você seja o juiz. Eu simplesmente peço que você pegue alguns minutos para ler a profecia de Isaías encontrada no capítulo 25:7-9, brevemente exposta abaixo.

Neste monte... aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor DEUS as lágrimas de todos os rostos... e naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará; este é o SENHOR, a quem aguardávamos; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos.

Repare o negrito nas duas palavras-chave nessa profecia que se correlacionam com o tema principal de nossa discussão, i.e. o poder para salvar da morte. Outra palavra-chave é a salvação. Outra palavra-chave é salvação tal como trás à mente a experiência de quase morte de Jonas em que ele bem sabia que fora Deus quem o salvara. É significante que ele tenha dito, “a minha salvação vem do SENHOR”.

A conexão entre resgate e salvação é óbvia. Quando falamos em ser salvo da morte, realmente pensamos em ser resgatados no sentido temporal ou físico. Entretanto, também devemos entender que ser salvo da morte tem um sentido espiritual com uma visão do além. Nesse sentido, salvação inclui eternidade, então é apropriado chamar de vida eterna.

A profecia de Isaías implica o destino final dos crentes no céu/paraíso. Ele estava predizendo como a morte chegará ao fim e como Deus enxugará nossas lágrimas. Há outra escritura que descreve o céu em termos bem precisos. Diz que Deus “limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte”. (Apocalipse 21:4)

A visão de Isaías do lar eterno corresponde interessantemente com o modo que o Alcorão retrata o paraíso, (1) um lugar onde não há morte (Sura 44:56), (2) um lugar onde não há lágrimas (Sura 2:62; 43:13-15), (3) um lugar de salvação. Lemos na Sura 39:61, “E Allah salvará os que foram piedosos, por seu empenho em se salvarem: o mal não os tocará nem se entristecerão.” (negrito nosso)

É útil ver uma significante relação entre a profecia Bíblica e o Alcorão. Entretanto, deixem-nos agora considerar como a profecia de Isaías mostra Deus planejou com antecedência e soube antecipadamente o resgate milagroso de Jesus da morte (como citado anteriormente em Hebreus 5:8 e Atos 2:24)

Esta profecia começa identificando o lugar – Jerusalém – onde Deus destruirá a morte e decisivamente porá um fim nela. Jerusalém foi profetizada pelo Messias como sendo o lugar onde ele realizaria o ato de desafio à morte, i.e. ressuscitar dos mortos!

“E, tomando consigo os doze, disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém, e se cumprirá no Filho do homem tudo o que pelos profetas foi escrito; pois há de ser entregue aos gentios, e escarnecido, injuriado e cuspido; e, havendo-o açoitado, o matarão; e ao terceiro dia ressuscitará.” (Lucas 18:31-33)

Durante sua vida Jesus realizou sinais miraculosos como salvar/curar aqueles que estavam terminantemente doentes (leprosos) e pessoas “quase mortas”. (Lucas 7:2) Agora, no clímax de sua vida terrena, Jesus realiza um sinal ainda mais poderoso de ressuscitar dentre os mortos.

Pode haver alguma dúvida de que Jesus Cristo venceu a aboliu a morte? Como está escrito, “E que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho” (II Timóteo 1:10)

Tendo em mente essas duas profecias que citamos: Não faz sentido a Bíblia ao dizer que a morte não poderia detê-lo [Jesus]? (Atos 2:24) Não faz sentido dizer que Deus resgatou a Jesus da morte? (Hebreus 5:7)

Conclusão: A Salvação vem apenas de Deus

Você se lembra como os profetas Jonas e Isaías reconheciam que a salvação vem de Deus apenas? É significante que Isaías predisse que a salvação de Deus viria através do Servo do SENHOR, o Messias. Interessantemente, o Alcorão (implicitamente) reconhece essa verdade quando diz como o anjo instruiu Maryam a respeito do nome que ela deveria dar a seu filho – um nome que significa “Deus é a salvação”. É digno de nota que Muhammad I. A. Usman, um líder Muçulmano e autor grandemente respeitado do Paquistão, reconheceu que é exatamente isso o que o nome de Jesus significa. (p. 77, Islamic Names, edição ampliada e revisada)

Melhor do que ficar me repetindo, permitam-me apontar outro pequeno artigo online que explora essa verdade vital. Observe também: A bíblia adequadamente descreve essa verdade fundamental como a pedra de alicerce. “Ele[Jesus] é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (Atos 4:11,12; compare Lucas 20:17 onde Jesus se identifica como a pedra de esquina)

Se você decidiu aceitar a salvação de Deus em e através do Servo especial de Deus, o Messias, Eu adoraria ouvir de você. Você pode me contatar aqui. (Também sinta-se livre para me escrever se tiver qualquer questão.)

Se quiser ler uma explicação mais completa sobre o poder salvador de Deus para livrar da morte, te sugiro ler este artigo, Is Death the End? Que está disponível online e em inglês aqui


* Este artigo é uma tradução de "Wasn’t the God of the Bible strong enoughto save Jesus from being killed?" - original here.

* This article is a translation of "Wasn’t the God of the Bible strong enoughto save Jesus from being killed?" - original here.

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Palavras-chave

Mohamed, Maomé, Muhamed, Mohammed, Islã, Islam, Alcorão, Al-Corão, Quran, Korão, Al-Korão, hadith, hadice, sharia, tafsir, islamismo.

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