Contradição no Alcorão:
O vinho é bom ou ruim?
O vinho é proibido para os Muçulmanos aqui na terra:
Ó vós que credes! O vinho e o jogo de azar e as pedras levantadas com nomes de ídolos e as varinhas da sorte não são senão abominação: ações de Satã. Então, evitai-as na esperança de serdes bem-aventurados. S. 5:90
Veja também a sura 2:219.
Por outro lado, no Paraíso há rios de vinho:
Eis o exemplo do Paraíso, prometido aos piedosos: nele, há rios de água nunca malcheirosa, ... e rios de vinho, deleitoso para quem o bebe...S. 47:15
Por certo, os virtuosos estarão em delícia ... dar-se-lhe-ás de beber licor puro, selado... S. 83:23, 25
O vinho é bom ou ruim? Somos proibidos aqui na terra de algo que é realmente bom? Ou no paraíso nós não seremos apenas permitidos, mas também fornecidos com uma gigantes quantia (rios) de algo que é tão ruim a ponto de ser chamado de “ação de Satã”?
Alguns Muçulmanos tentam explicar essa discrepância apelando para a seguinte passagem:
Exceto os servos prediletos de Allah. Esses terão determinado sustento: Frutas. E serão honrados, nos Jardins da Delícia, estarão em leitos, frente a frente; far-se-á circular, entre eles, taças de fonte fluída, branco, deleitoso para quem o bebe, nele não haverá mal súbito: e, com ele, não se embriagarão , e, junto deles, estarão aquelas de belos grandes olhos, de olhares restritos a seus amados, assemelham-se a ovos res-guardados. S. 37:40-49 (Nota do tradutor: a versão utilizada aqui é a de Helmi Nasr. Convenientemente, o dr. Nasr inseriu após a palavra ‘taças’ o complemento “de vinho”. Esse complemento está em negrito, indicando que tal não existe no Alcorão verdadeiro e que foi inserido pelo próprio dr. Nasr para forçar um significado, ou seja, forçar o entendimento de que a bebida branca aqui é o vinho).
O vinho celestial, dizem, que os crentes beberão não causará dor de cabeça ou loucura, o que justificará a decisão de Allah de permiti-lo no paraíso.
O problema principal com essa citação é que a passagem em lugar nenhum identifica essa bebida como sendo vinho. E nem menciona nem a palavra vinho ou bebidas fortes/intoxicantes. Simplesmente diz que os crentes beberão um cálice de algo que é de cor branca e que não causa dor de cabeça. Se há algo que alguém pode imaginar que essa bebida seja, isso seria o leite. No fim de tudo, o Alcorão menciona o fato de que os crentes terão rios de leite, e o leite é, de fato, branco:
Eis o exemplo do Paraíso, prometido aos piedosos: nele, há rios de água nunca malcheirosas, e rios de leite, cujo sabor não se altera e rios de vinho, deleitoso para quem o bebe, e rios de mel purificado. E, nele, terão todo tipo de frutos, e perdão de seu Senhor. São esses como os que, no Fogo, serão eternos, e aos quais se dará de beber de água ebuliente, que lhes despedaçará os intestinos? S. 47:15
Este é o outro texto que os Muçulmanos citam para provar que o vinho do paraíso será diferente:
Com copos e jarros e taça de fonte fluída, com essa não sofrerão dor cefálica nem se embriagarão. S. 56:16-19
Novamente, a referência não menciona o vinho em lugar nenhum e pode estar se referindo a outras bebidas que o Alcorão diz que serão concedidas aos crentes, i.e. mel, leite, água, etc. De fato, a Sura segue e menciona as correntes de águas que os crentes terão:
E água sempre fluente. S. 56:31
Assim, pode-se legitimamente dizer que a herança que o Alcorão diz que não causará tontura ou intoxicação são as águas. Isso se torna ainda mais claro quando percebemos que o Alcorão menciona as frutas que os crentes comerão logo após se referir às águas:
E com frutas de quanto escolherem. S. 56:20
E frutas abundantes. S. 56:32
À luz do que vimos, nos parece muito certo pelo contexto que a bebida que o Alcorão menciona que não causa intoxicação é, de fato, a água corrente que é menciona depois no capítulo.
E ainda, alguém pode argumentar que a razão dessas passagens enfatizarem em particular essas bebidas que não causam dor de cabeça ou intoxicação é de distingui-las do vinho que os crentes terão acesso quando estiverem no paraíso. Em outras palavras, a qualificação pressupõe que essas bebidas são diferentes do vinho que os crentes beberão, já que, diferentemente do vinho, essas bebidas em específico não causam dor de cabeça e nem loucura. Colocando isso de outra forma, esses textos não estão identificando essas bebidas como vinho, mas estão, na verdade, contrastando-as com o vinho salientando que elas não causam os efeitos associados às bebidas intoxicantes.
* This article is a translation of "Is wine good or bad?" - original
* Este artigo é uma tradução de "Is wine good or bad?" - original
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Palavras-chave
Mohamed, Maomé, Muhamed, Mohammed, Islã, Islam, Alcorão, Al-Corão, Quran, Korão, Al-Korão, hadith, hadice, sharia, tafsir, islamismo.