A GUERRA ENTRE MUÇULMANOS
e a mensagem dos profetas
Por Samuel Green
Introdução
Muitas pessoas sentem que há uma guerra em andamento contra os Muçulmanos e o Islã. Com certeza pessoas Muçulmanas estão entre esse que sofrem com a guerra em alguns lugares do mundo onde potências mundiais e diferentes grupos tentam assumir o controle. Este artigo observa como o Alcorão e a Sunnah contribuem para a guerra contra os Muçulmanos e o que os profetas podem nos ensinar sobre essa situação.
O Alcorão
Oh vós que credes! Temei a Allah e deixai o que resta da usura, se sois crentes. E, se não fazerdes, certificai-vos de uma guerra de Allah e de Seu Mensageiro; e, se vos voltardes para Allah arrependidos, tereis vosso capital. Não estarei cometendo injustiça nem sofrendo injustiça. (Alcorão 2:278-279, NASR)
O contexto dos versos acima é de que alguns Muçulmanos querem receber a usura (juros) que ainda lhes é devida desde antes de se tornarem Muçulmanos. Eles são avisados que se buscarem receber a usura Allá e Mohamed guerreariam contra eles. Veja uma ordem similar em 9:73:
Oh Profeta! Luta contra os renegadores da Fé e os hipócritas, e sê duro contra eles. E sua morada será a Geena.E que execrável destino! (Alcorão 9:73, NASR)
O contexto é que Mohamed está chamando os Muçulmanos para a Jihad. Algumas das tribos Muçulmanas não querem lutar, consequentemente são chamadas de hipócritas e Mohamed está para lutar contra elas até que participem da Jihad.
Novamente, veja em 49:9 que Mohamed é ordenado a lutar contra um grupo de Muçulmanos até que “volte para a ordem de Allah”.
E, se duas facções dos crentes pelejam, reconciliai-as. E, se uma delas comete transgressão contra a outra, combatei a que transgride, até que ela volta para a ordem de Allah. Então, se ela volta, reconciliai-as com a justiça, e sede equânimes. Por certo, Allah ama os equânimes. (Alcorão 49:9, NASR)
A Sunnah
Mohamed ordenou os Muçulmanos fazerem guerra contra os Muçulmanos que não pararam de usar álcool.
Narrou Daylam al-Himyari: Perguntei ao Profeta (que a paz seja sobre ele) e disse: Apóstolo de Allah! Vivemos numa terra fria em que temos um trabalho pesado. E fazemos um licor de trigo para ganhar força para nosso trabalho e para suportar o frio de nosso país. Ele perguntou: Ele é intoxicante? Respondi: Sim. Ele disse: Vocês devem evitá-lo. Eu disse: O povo não deixará isso. Ele disse: Se eles não deixarem isso, lute contra eles. (Abu Dawood: livro 26, n° 3675, Hasan)
Mohamed ordenou que os verdadeiros Muçulmanos destruíssem as mesquitas dos falsos Muçulmanos.
Os donos da mesquita da oposição tiverem de vir ao apóstolo quando se preparava para (atacar) Tabuk, dizendo: “Construímos uma mesquita para os doentes e necessitados e para as noites de tempo ruim, e gostaríamos que você viesse ter conosco para orar por nós lá.” Ele disse que estava prestes a viajar e estava ocupado ... e que quando voltasse, se Deus quisesse ele iria ter com eles para orar por eles. Quando ele parou em Dhu Awan notícias da mesquita chegaram-lhe e ele chamou Malik b. al-Dukhshum ... e Ma’n b. ‘Adiy .. e disse-lhes para ir até a mesquita daqueles homens maus e destruí-la e queimá-la ... e, então, dois deles invadiram a mesquita onde o povo estava e a queimaram e a destruíram e o povo fugiu de lá. (Ibn Ishaq, Sirat Rasul Allah, pg. 609)
Após Mohamed morrer, Abu Bakr também fez guerra contra os Muçulmanos que pararam de pagar a zakat (imposto).
Narrou Abu Huraira: Quando o Apóstolo de Allah morrou e Abu Bakr foi eleito como o Califa após ele, alguns do Árabes se reverteram para os descrentes. Umar disse a Abu Bakr, “Como você se atreve a lutar contra o povo se o Apóstolo de Allah disse: Fui ordenado a lutar contra o povo até que digam “ninguém tem o direito de ser adorado além de Allah” ... Abu Bakr disse, “Por Allah, eu lutarei contra aqueles que fazem diferença entre Zakat e orações, porque a Zakat é um direito compulsório a ser tirado da riqueza por Allah, e se eles se recusam a dar-me até uma corda entrelaçada que eles costumavam dar ao Apóstolo de Allah, eu lutaria contra eles por a reterem.” Umar disse, “Por Allah, não é nada, exceto que eu vi que Allah abriu o peito de Abu Bakr para a guerra, e eu vim para saber ao certo qual era a verdade.” (Bukhari: volume 9, livro 92, n° 388, Khan)
A guerra de Mohamed contra Muçulmanos
Essas referências mostram que o Alcorão e a Sunna veridicamente ordenam os Muçulmanos a fazerem guerra contra aqueles Muçulmanos que não obedecerem aos ensinos do Islã. Este é um aspecto muito importante da Jihad. A Jihad não é apenas contra não-Muçulmanos, também é contra os Muçulmanos. É por isso que o Talibã, Al-Qaeda e outros grupos atacam Muçulmanos. Eles acreditam que eles próprios são os verdadeiros Muçulmanos e que é seu dever lutar contra outros Muçulmanos até que aceitem cada aspecto da lei Islâmica (sharia).
A guerra Islâmica contra Muçulmanos existe desde os tempos de Mohamed e não é coisa nova. Os Muçulmanos tem se matado e se assassinado desde o início do Islã. Os países não-Muçulmanos não começaram esta guerra, e não podem pará-la. Quando países não-Muçulmanos apóiam líderes Muçulmanos que não implementam cada aspecto da lei Islâmica, eles já escolheram seu lado nessa guerra, quer saibam disso ou não.
Vivendo com esse mandamento
O Alcorão e a Sunna mandam os Muçulmanos “de boa ordem” a fazer guerra contra aqueles Muçulmanos que não obedecem à lei Islâmica. Esse mandamento vem de um desejo muito nobre e direito, que é o de ver Deus exaltado em cada área da vida e ter tudo organizado por sua palavra. O problema é que ninguém pode ser confiado a ter este tipo de poder.
Quando os Muçulmanos crêem que são “de boa ordem” acabam impondo sua vontade sobre outros Muçulmanos, o que conduz a tirania, corrupção e uma adoração não genuína de Deus. Muitos Muçulmanos no mundo estão sofrendo por causa desses Muçulmanos que crêem ser os de “boa ordem”. (Exemplos: 1, 2, 3).
Na maioria dos países Muçulmanos existem grupos Islâmicos que estão tentando derrubar seus governos porque esses governos não são Islâmicos o bastante. Também há a incontrolável e sem fim guerra entre os Muçulmanos de “boa ordem” que discordam entre, eles estão lutando um contra o outro para estabelecer uma pureza Islâmica que nunca alcançarão.
Essa ordem para os Muçulmanos de “boa ordem” combater outros Muçulmanos é um completo desastre para o Islã no mundo todo. Essa ordem não resolve o problema das pessoas não adorarem a Deus. Ao invés disso, apenas cria mais problemas que fazem com que o nome de Deus seja zombado pelo mundo todo.
Por que esse mandamento não funciona?
Deus já falou sobre seu governo.
Através dos profetas Deus demonstrou e explicou, muito antes de Mohamed, que aos homens não pode ser confiado tamanho poder. A nação de Israel deveria viver de acordo com as leis de Deus de modo que exaltasse seu nome entre as nações, mas eles falharam em fazer isso. Até mesmo grandes reis Jeosafá, Ezequias e Josias, que fez os Israelitas retornarem as leis de Deus, não foram capaz de fazer isso com sucesso. Mas não devemos culpar apenas a Israel.
Um dos problemas que temos é que as pessoas pensam ser melhores do que elas realmente são. Pensamos que somos melhores que os outros e que podemos julgar sobre os outros. Jesus nos avisou sobre isso.
Não julguem os outros para vocês não serem julgados por Deus. Porque Deus julgará vocês do mesmo modo que vocês julgarem os outros e usará com vocês a mesma medida que vocês usarem para medir os outros. Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: “Me deixe tirar esse cisco do seu olho”, quando você está com uma trave no seu próprio olho? (Mateus 7:1-4, Tradução Nova Linguagem de Hoje)
Assim, não podemos condenar os Judeus por sua falha em viver para Deus e pensar que podemos fazer melhor. Somos a mesma coisa. A história do Cristianismo e do Islamismo mostra que sempre que Cristãos ou Muçulmanos tentaram forçar os outros a manter a lei de Deus acabou-se caindo em tirania e no nome de Deus sendo blasfemado.
Os homens não podem trazer os preceitos de Deus porque somos todos afetados pelo mal e pelas falhas.
Deus aceita as pessoas por meio da fé que elas têm em Jesus Cristo. É assim que ele trata todos os que crêem, pois não existe nenhuma diferença entre as pessoas. Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. (Romanos 3:22, 23, NTLH)
Será que alguém pode dizer que tem a consciência limpa e que já se livrou dos seus pecados? (Provérbios 20:9, NTLH)
E o Alcorão e a Hadice também concordam que todos, até mesmo o próprio Mohamed, são pecadores.
E, se Allah culpasse os homens por sua injustiça, não deixaria sobre ela ser animal algum... (Alcorão 16:61, 12:53 Nasr)
Então, sabe que não há deus senão Allah. E implora perdão para teu delito e para os crentes e para as crentes. (Alcorão 47:19, Nasr)
(Muhammad orou) Oh, meu Senhor! Perdoe meus pecados e minha ignorância e por exceder os limites da justiça em minhas ações e por aquilo que sabes melhor que eu. Oh, Allah! Perdoe meus erros, aqueles que eu cometo intencionalmente ou por ignorância ou (sem ignorância) ou sinceridade, e eu confesso que todos esses erros são cometidos por mim. Oh, Allah! Perdoe meus pecados do passado e do futuro que eu cometi claramente ou em segredo. (Bukhari, volume 8, livro 75, numero 407, Khan)
A Promessa do Messias
A verdade desapareceu, e os que procuram ser honestos são perseguidos. Ele ficou espantado quando viu que não havia ninguém que socorresse o seu povo. Então com a sua própria força ele venceu e, por ser o Deus justo, conseguiu a vitória. (Isaías 59:15-16, NTLH)
Já que não há ninguém que possa trazer verdadeiramente o governo de Deus ao mundo, Deus prometeu enviar o Messias.
O Espírito do SENHOR estará sobre ele e lhe dará sabedoria e conhecimento, capacidade e poder. Ele temerá o SENHOR, conhecerá a sua vontade e terá prazer em obedecer-lhe. Ele não julgará pela aparência, nem decidirá somente por ouvir dizer. Mas com justiça julgará os necessitados e defenderá os direitos dos pobres. As suas palavras serão como uma vara para castigar o país, e com o seu sopro ele matará os maus. Com justiça e com honestidade, ele governará o seu povo. (Isaías 11:2-5, NTLH)
Há tantas coisas bonitas que Deus disse a respeito do Messias. Quero encorajá-lo a ver todos os profetas e o evangelho para aprender sobre o Messias. No futuro planejo reunir todas as escrituras sobre ele, mas, por enquanto devemos entender que o Messias é nossa única esperança. Não devemos nos enganar em pensar que podemos forçar ao outros a cumprir a lei de Deus. Deus não quer isso.
Ainda, apesar do claro ensino de Deus sobre nossas falhas, e de sua gloriosa promessa do Messias, Mohamed recitou que os Muçulmanos “de boa ordem” devem fazer guerra contra outros Muçulmanos. Isso é o oposto do que os profetas e o evangelho dizem. A guerra de Mohamed contra os Muçulmanos trouxe sofrimento a milhões. Não é assim que Deus quer que seu povo estabeleça sua lei na terra; isso apenas repete o erro daqueles que tentaram fazer o mesmo no passado.
Conclusão
É direito e certo que nós queiramos ver a todos de nossa vida vivendo para Deus e sob sua palavra, mas devemos fazer isso do jeito de Deus e não de nosso jeito. O jeito de Deus é enviando o Messias e ele nos chama para seguir o Messias agora. Não siga a nenhum outro mais. Você pode seguir ao Messias agora. Faça uma oração como essa.
Deus Poderoso, Tu és o verdadeiro e vivo Deus.
Eu confesso que não tenho vivido do modo que o Senhor quer e preciso de sua ajuda.
Muito obrigado por enviar o Messias.
Por favor, me ajude a seguir ao Messias e aprender mais dele.
Amém.
Agora comece a aprender mais sobre o Messias lendo um evangelho e, então, todos os profetas.
Referências
Sulaiman Abu Dawud, Sunan Abu-Dawud (tradutor: Prof. Ahmad Hasan).
Muhammad ibn Ismail al-Bukhari, Sahih al-Bukhari (tradutor: Dr. Muhammad Muhsin Khan).
Ibn Ishaq, Sirat Rasul Allah, translated as, The Life of Muhammad, (tradutor: A. Guillaume), Karachi: Oxford University Press, 1998.
A Bíblia Sagradada – Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Versão Online.
Mohammed Marmaduke Pickthall, The Meaning of the Holy Qur'an, Delhi: Crescent Publishing House, 1985.
Tradução de Wesley Nazeazeno
* Este artigo é uma tradução de "The war on Muslims" - original here.
* This article is a translation of "The war on Muslims" - original here.
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Palavras-chave
Mohamed, Maomé, Muhamed, Mohammed, Islã, Islam, Alcorão, Al-Corão, Quran, Korão, Al-Korão, hadith, hadice, sharia, tafsir, islamismo.