Respondendo ao islã

Ismael não é pai de Mohamed

Sam Shamoun

Segundo a Bíblia Sagrada, Ismael se fixou em Parã e se casou com uma Egípcia com quem tive doze filhos:

Mas também do filho desta serva farei uma nação, porquanto é tua descendência. Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e tomou pão e um odre de água e os deu a Agar, pondo-os sobre o seu ombro; também lhe deu o menino e despediu-a; e ela partiu, andando errante no deserto de Berseba. E consumida a água do odre, lançou o menino debaixo de uma das árvores. E foi assentar-se em frente, afastando-se à distância de um tiro de arco; porque dizia: Que eu não veja morrer o menino. E assentou-se em frente, e levantou a sua voz, e chorou. E ouviu Deus a voz do menino, e bradou o anjo de Deus a Agar desde os céus, e disse-lhe: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino desde o lugar onde está. Ergue-te, levanta o menino e pega-lhe pela mão, porque dele farei uma grande nação. E abriu-lhe Deus os olhos, e viu um poço de água; e foi encher o odre de água, e deu de beber ao menino. E era Deus com o menino, que cresceu; e habitou no deserto, e foi flecheiro. E habitou no deserto de Parã; e sua mãe tomou-lhe mulher da terra do Egito. (Gênesis 21:13-21)

A Bíblia Sagrada localiza Parã perto de Israel (Canaã) e do Egito, sul de Judá. John L. McKenzie em seu Dictionary of the Bible anota:

Parã (Hb pa’ran, freqüentemente o nome de uma região deserta). O lugar de nome Elparan (Gn 14:6) sem dúvida se associa com o deserto; pensa-se que este lugar seja idêntico a Elath* por alguns estudiosos. O deserto de Parã foi o lar dos Ismaelitas (Gn 21:21). Ele foi, segundo P (cf. Pentateuco) penetrado pelos Israelitas após o deserto do Sinai (Nm 10:12), e eles acamparam nesse deserto por algum tempo (Nm 10:12; 13:3, 26). Em Dt. 1:1 Parã é vagamente definido como um lugar no deserto. Hadade de Edom passou pelo deserto de Parã em sua jornada de Midian* ao Egito (I Reis 11:18). As montanhas de Parã são o lugar onde a teofania* acontece (Dt 33:2; Hab 3:3); Parã reflete a região Sul de Judá. O deserto de Parã é, provavelmente, aquela de Neguebe* que fica ao Sul de Cades-barnéia*. (McKenzie, p. 637)

Compare as seguintes passagens do AT:

E ao décimo quarto ano veio Quedorlaomer, e os reis que estavam com ele, e feriram aos refains em Asterote-Carnaim, e aos zuzins em Hã, e aos emins em Savé-Quiriataim, E aos horeus no seu monte Seir, até El-Parã que está junto ao deserto. Depois tornaram e vieram a En-Mispate (que é Cades), e feriram toda a terra dos amalequitas, e também aos amorreus, que habitavam em Hazazom-Tamar. (Gênesis 14:5-7)

E aconteceu, no ano segundo, no segundo mês, aos vinte do mês, que a nuvem se alçou de sobre o tabernáculo da congregação. E os filhos de Israel, segundo a ordem de marcha, partiram do deserto de Sinai; e a nuvem parou no deserto de Parã. Assim partiram pela primeira vez segundo a ordem do SENHOR, por intermédio de Moisés. (Números 10:11-13) 

Assim Miriã esteve fechada fora do arraial sete dias, e o povo não partiu, até que recolheram a Miriã. Porém, depois o povo partiu de Hazerote; e acampou-se no deserto de Parã. (Números 12:15-16) 

E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Envia homens que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel; de cada tribo de seus pais enviareis um homem, sendo cada um príncipe entre eles. E enviou-os Moisés do deserto de Parã, segundo a ordem do SENHOR; todos aqueles homens eram cabeças dos filhos de Israel. (Números 13:1-3) 

E eles voltaram de espiar a terra, ao fim de quarenta dias. E caminharam, e vieram a Moisés e a Arão, e a toda a congregação dos filhos de Israel no deserto de Parã, em Cades; e deram-lhes notícias, a eles, e a toda a congregação, e mostraram-lhes o fruto da terra. E contaram-lhe, e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e verdadeiramente mana leite e mel, e este é o seu fruto. (Números 13:25-27) 

Estas são as palavras que Moisés falou a todo o Israel além do Jordão, no deserto, na planície defronte do Mar Vermelho, entre Parã e Tófel, e Labã, e Hazerote, e Di-Zaabe. Onze jornadas há desde Horebe, caminho do monte Seir, até Cades-Barnéia. (Leva-se onze dias para se ir de Horebe a Cades-Barnéia pela estrada do Monte Seir) (Deuteronômio 1:1-2)

Salvo o fato de que os Muçulmanos queiram provar que Moisés e os Israelitas viajaram o caminho do Sinai a Meca, indo e voltando, durante sua peregrinação de 40 anos no deserto, se torna evidente que Parã não está nada próximo de Meca.

Continuando:

E faleceu Samuel, e todo o Israel se ajuntou, e o prantearam, e o sepultaram na sua casa, em Ramá. E Davi se levantou e desceu ao deserto de Parã. (I Samuel 25:1)

Devemos assumir que Davi foi a Meca após a morte de Samuel?

Esta, porém, é a bênção com que Moisés, homem de Deus, abençoou os filhos de Israel antes da sua morte. Disse pois: O SENHOR veio de Sinai, e lhes subiu de Seir; resplandeceu desde o monte Parã, e veio com dez milhares de santos; à sua direita havia para eles o fogo da lei. (Deuteronômio 33:1-2)

Hadade, porém, fugiu, ele e alguns homens edomeus, dos servos de seu pai, com ele, para ir ao Egito; era, porém, Hadadee muito jovem. E levantaram-se de Midiã, e foram a Parã, e tomaram consigo homens de Parã, e foram ao Egito ter com Faraó, rei do Egito, o qual lhe deu uma casa, e lhe prometeu sustento, e lhe deu uma terra. E achou Hadadee grande graça diante de Faraó, de maneira que lhe deu por mulher a irmã de sua mulher, a irmã de Tafnes, a rainha. (I Reis 11:17-19)

Deus veio de Temã, e do monte de Parã o Santo (Selá). A sua glória cobriu os céus, e a terra encheu-se do seu louvor. (Habacuque 3:3)

Interessantemente, as passagens anteriores conectam o Monte Parã a Seir e Temã. Tanto Seir quanto Temã estão associadas a Edom. Aqui Mckenzie comenta sobre as localizações de Seir e Temã.

Sei (Hb se’ir), um nome geográfico; Seir está associado com Esaú* e Edom* e a associação é expressada no jogo de palavras se’ar, “bode”, e sa'ir, “peludo”, em Gn 22:25; 27:11,23. O nome aparece como designação de uma terra, uma montanha e um gentílico. Não há dúvidas de que a montanha é a cadeia que se estende a Sudoeste do Mar Morto ao longo do Oeste de Arabá*, atingindo um pico de 5 mil pés de altura. O nome foi posteriormente estendido à cadeia de montanhas correspondente do lado Este de Arabá. Como uma designação territorial, o termo é usado mais livremente na região adjacente da cadeia de montanhas, substancialmente ao território de Edom ... a própria tradição Israelita reconhece que a cadeia de Edom a Seir e suas colônias eram ainda mais antigas que a própria Canaã. Era a região de Esaú, irmão de Jacó ... A montanha se tornou uma comum designação para seus habitantes como “os homens de Seir ou do Monte Seir”; eles devem ser os Edomitas ... (McKenzie, pgs 783-784)

Temã (Hb teman, “o sul”), um nome de lugar; uma região de Edom (Jr 49:7; Ez 25:13; Am 1:12; Ob 9) mencionada com Deda* (Ez 25:13), famosa por seus homens sábios (Jr 49:7), o lugar onde Yahweh aparece (Hb 3:3; mencionado com o Monte Parã*); genealógicamente considerado uma descendência de Esaú e um filho de Elifaz (Gn 36:11, 15, 42; I Cr 1:36, 53). A localização é desconhecida, exceto que deva estar no território de Edom. Muito freqüentemente no AT teman é utilizado simplesmente para significar “sul”, como um ponto cardinal. (McKenzie, pg 872)

O Dictionary of the Bible de J. Hastings, pg. 897 diz:

TEMÃ – Uma tribo (distrito) de Edom.

A essa luz, é de se admirar que Hadade de Edom atravessou Parã em rota para o Egito. Não faz sentido que Hadade viajasse de Edom a Meca para ir ao Egito.

Além disso, não há evidência além das antigas tradições Muçulmanas de que Ismael tenha se casado com uma mulher Jurhumita já que a Bíblia Sagrada indica que ele se casou com uma Egípcia. A Bíblia Sagrada também nos diz onde os filhos de Ismael se estabeleceram:

Estas, porém, são as gerações de Ismael filho de Abraão, que a serva de Sara, Agar, egípcia, deu a Abraão. E estes são os nomes dos filhos de Ismael, pelos seus nomes, segundo as suas gerações: O primogênito de Ismael era Nebaiote, depois Quedar, Adbeel e Mibsão, Misma, Dumá, Massá, Hadadee, Tema, Jetur, Nafis e Quedemá. Estes são os filhos de Ismael, e estes são os seus nomes pelas suas vilas e pelos seus castelos; doze príncipes segundo as suas famílias. E estes são os anos da vida de Ismael, cento e trinta e sete anos, e ele expirou e, morrendo, foi congregado ao seu povo. E habitaram desde Havilá até Sur, que está em frente do Egito, como quem vai para a Assíria; e fez o seu assento diante da face de todos os seus irmãos. (Gênesis 25:12-18)

McKenzie situa Sur próximo à área da Palestina e Egito:

Sur (Hb sur), um nome geográfico que designa as ladeiras da Palestina e o Este do Egito e o Norte dos desertos da península do Sinai. A palavra hebraica sugere sur, “parede”, e alguns geógrafos pensam que o nome alude à linha da fortaleza construída pelos Egípcios para proteger o Este da fronteira do Egito. A região é o cenário da migração de Agar* no relato de J (Gn 16:7). Abraão habitou por um tempo em Neguebe* entre Cades* e Sur (Gn 20:1). Os Israelitas atravessaram o deserto de Sur após cruzar o Mar Vermelho (Ex 15:22). A área de Ávila* a Sur era o lar dos Amalequitas* e de outras tribos nômades (Gn 25:18; I Sm 15:7; 27:8). (McKenzie, pgs 810-811)

Esta conclusão demonstra que nem Ismael e nem seus doze filhos habitaram Meca. Se diz que alguns dos descendentes dos doze filhos de Ismael migraram para a Arábia. Por exemplo, se diz que Nebaiote seja o pai do Nabatenos. Os Nabatenos floresceram no norte da Arábia, primeiramente estabelecendo sua capital em Petra no século IV a.C. a qual foi capturada pelos Romanos em 106 a.C. Então eles se foram para Damasco. Os Manuscritos do Mar Morto realmente contém documentos Nabatenos dos tempos antigos.

Há dois maiores problemas com a argumentação acima. Embora possa ser verdade que alguns dos descendentes de Ismael tenha se estabelecido na Arábia, não significa que eles sejam necessariamente pais dos Árabes. A própria tradição Muçulmana afirma que Ismael não era pai dos Árabes. A biografia de Mohamed feita por Ibn Ishaq diz:

Ismael é o filho de Ibrahim (Abraão) b. Tarih (Azar) b. Nahur b. Sarugh b. Rau’ub b. Falikh b. ‘Aybar b. Shalikh b. Arfakhshadh b. Sam (Sem) b. Nuh (Noé). (Ibn Ishaq, The Life of Muhammad, trad. Para o Inglês de Guillaume, pg 3)

Temos outra linha sobre Noé, onde lemos:

‘Ad b. ‘Aus b. Iram b. Sam b. Nuh e Thamud e Jadis, os dois filhos de ‘Abir b. Iram b. Sam b. Nuh, e Tasm e ‘Imlaq e Umayan os filhos de Lawdh b. Sam b. Nuh são todos Árabes. Nabit b. Isma’il gerou Yashjub e a linhagem segue: Ta’rub-Tayrah-Bahur-Muqawwan-Udad-‘Adnan (Ibn Ishaq, The Life of Muhammad, tr. Guillaume, pg. 4)

Isso demonstra que os Árabes existiram muito antes de Ismael se quer ter nascido, segundo essa tradição, os tata-tata-tata-tata........-tata tios já eram Árabes.

Segundo, a Hadice não concorda com o registro Bíblico. A Hadice diz que após se fixar em Meca, Ismael se casou duas vezes e que ambas as esposas eram descendentes de Árabes.

Narrou Ibn Abbas:

A primeira senhora a usar cinto foi a mãe de Ismael. Ela usava um sinto para que pudesse esconder as pistas de Sara. Abraão levou-a e a seu filho Ismael enquanto ela ainda o amamentava a um lugar próximo à Ka’ba sob uma árvore no ponto de Zam-zam, no lugar mais alto da mesquita. Durante esses dias ninguém esteve em Meca, nem houve lá água alguma. Então ele os fez se sentar e pôs-lhes perto uma bolsa de couro contendo algumas tâmaras e uma pequena quantia de água, e se foi de volta para casa. A mãe de Ismael o seguiu dizendo, “Ó Abraão! Aonde você vai nos deixando neste vale onde não há pessoa alguma para que tenhamos o prazer da companhia, e nem há nada para se desfrutar?” Ela repetiu isso a ele várias vezes, mas ele não olhou para trás para vê-la. Então ela perguntou-o, “Allah te ordenou que fizesse isso?” Ele respondeu, “Sim.” Ela disse, “Então ele não nos desamparará,” e retornou enquanto Abraão prosseguia seu caminho, e, ao chegar a Thaniya, onde já não podiam vê-lo, ele se voltou à Ka’ba, e elevando ambas as mãos, invocou Allah dizendo a seguinte oração:

“Ó nosso Senhor! Tenho feito algum de minha descendência habitar num vale não cultivado. Por Tua Santa Casa (a Caaba em Meca), Ó nosso Senhor, que eles possam oferecer orações perfeitamente. Então encha alguns corações dentre os homens com amor por eles e, (Ó Allah) dê provisão de frutos a eles de modo que possam ser gratos.” (14:37) A mãe de Ismael continuou amamentando Ismael e bebendo da água (que ela tinha).

Quando a água da bolsa acabou, ela ficou com sede e a criança também. Ela começou a olhar para ele (i.e. Ismael) se agitando em agonia; ela o deixou porque não conseguia continuar olhando para ele e viu o monte de Safa que estava na montanha mais próxima a ela. Ela ficou nele e começou a olhar o vale intensamente para que, talvez, pudesse encontrar alguém, mas ela não viu ninguém. Então ela desceu de Safa e quando chegou ao vale ela dobrou seu robe e correu no vale como uma pessoa angustiada e com problemas, até que cruzou o vale a chegou ao monte Marwa onde ela permaneceu e ficou olhando, esperando ver alguém, mas ela não viu ninguém. Ela repetiu isso (correndo entre Safa e Marwa) sete vezes.”

O Profeta disse, “Esta é a fonte de nossa tradição de caminhar entre Safa e Marwa.” Quando ela chegou a Marwa (na última vez) ela ouviu uma voz e ficou quieta ouvindo atentamente. Ela ouviu a voz de novo e disse, “Ó, (quem quer que seja)! Você me fez ouvir sua voz; você tem algo para me ajudar?” E vede! Ela viu um anjo no lugar de Zam-zam cavando a terra com sua ponta (ou sua asa), até que a água brotou naquele lugar. Ela começou a fazer algo como uma bacia em volta, usando suas mãos desse jeito, e começou a encher a bolsa de água com suas mãos, e a água fluía enquanto ela pegava mais água.”

O Profeta adicionou ... “Então ela bebeu (a água) e deu a seu filho. O anjo disse a ela, “Não tema ser negligenciada, porque esta é a Casa de Allah que será construída por seu menino e seu pai, e Allah nunca negligencia Seu povo.’ A Casa (i.e. Caaba) naquele tempo estava num lugar alto semelhante a um morrinho, e quando as torrentes vieram, elas fluíram à sua direita e esquerda. Ela viveu assim até algumas pessoas da tribo de Jurhum ou uma família de Jurhum passaram por ela e seu filho, pois atravessavam o caminho de Kada’. Eles pararam na parte mais baixa de Meca onde viram um pássaro que tinha o costume de voar em volta da água, sem jamais deixá-la. Eles disseram, “Este pássaro deve estar voando em volta da água, embora saibamos que não há água neste vale.’ Eles enviaram um ou dois mensageiros que descobriram uma fonte de água e retornaram para informá-los sobre a água. Então, todos eles vieram (para próximo da água).” O Profeta adicionou, “A mãe de Ismael estava sentada próximo da água. Eles a perguntaram, “Você nos permite ficar com você?” Ela respondeu, “Sim, mas vocês não terão o direito de posse da água.” Eles concordaram .” O Profeta mais tarde disse, “A mãe de Ismael estava feliz com toda a situação de modo que amou a companhia daquele povo. Então, eles se fixaram lá e mais tarde vieram seus familiares que se fixaram com eles, de modo que algumas famílias se tornaram moradores permanentes dali. A criança (i.e. Ismael) cresceu e aprendeu Árabe com eles e (suas virtudes) os fez amá-lo e admirá-lo conforme crescia, e quando atingiu a puberdade o fizeram se casar com uma mulher dentre eles.

Após a mãe de Ismael ter morrido, Abraão veio após o casamento de Ismael para ver a família que ele teve de deixar, mas ele não encontrou Ismael ali. Quando ele perguntou à esposa de Ismael sobre ele, ela respondeu, “Ele partiu em busca de sustento.’ Então ele a perguntou sobre seu modo de vida e sua condição, e ela respondeu, “Nós vivemos em miséria; estamos vivendo com dificuldades e privação,’ queixando-se a ele. Ele disse, “Quando seu marido retornar, transmita-lhe minha saudação e diga-lhe para mudar a soleira da porta (de sua casa).’ Quando Ismael veio, ele sentiu algo diferente, então perguntou a sua esposa, “Alguém te visitou?” Ela respondeu, “Sim, um velho homem e tal e tal descrição veio e me perguntou sobre você e eu o informei sobre ti, ele perguntou sobre nossa situação e eu disse-lhe que vivemos com dificuldades e pobreza.’ A isso Ismael disse, ‘Ele te recomendou algo?’ Ela respondeu, ‘Sim, ele me pediu para entregar-te saudações e disse para você trocar a soleira da porta.’ Ismael disse, “Era o meu pai, e ele me mandou divorciar de você. Volte para sua família.’ Então Ismael se divorciou dela e se casou com outra mulher dentre eles (i.e. Jurhum).

(...)

(Sahih Al-Bukhari, Volume 4, Book 55, Number 583)

Esta tradição claramente contradiz os registros Bíblicos que mostram que Ismael ficou em Parã e não em Meca e se casou com uma Egípcia, não uma Árabe. A tradição acima diz que Ismael aprendeu Árabe da tribo (ou de uma família) de Jurhum que ficou em Meca. Desde que o Árabe não é a língua-mãe de Ismael e já que o Árabe enquanto idioma já existia antes, Ismael não pode ser o ancestral dos Árabes. Isso significa que a noção de Ismael como progenitor dos Árabes está errada. No máximo, Ismael só pode ser chamado de um imigrante Arabizado. As tradições Muçulmanas provam que Ismael não é o pai de todos os Árabes.

As tradições Muçulmanas complicam ainda mais este problema. Lemos:

Ma’n Ibn ‘Isa al-Ashja’i al-Qazzaz  (mercador de seda) informou-nos; ele nos disse: Mu’awuiyah Ibn Salih nos informou na autoridade de Yahya Ibn Jabir que viu alguns dos Companheiros do Profeta e disse: O povo de Banu Fuhayrah veio ao Profeta e disse-lhe: Você pertence a nós. Ele respondeu: Realmente, (o arcanjo) Gabriel me informou que pertenço a Mudar. (Ibn Sa'd, Kitab al-Tabaqat al-Kabir, Volume I, pg. 4)

Isso indica que a genealogia de Mohamed foi realmente reveladora, não necessariamente de conhecimento comum. De fato, o povo de Banu Fuhayrah não sabia que Mohamed era descendente de Mudar e Mohamed teve de ser informado por Gabriel de que era, não através de conhecimento comum. Isso pode dar as bases de alguns hadices:

Narrou Kulaib:

Rabiba (i.e. filha da esposa do Profeta) me disse que, penso eu, foi Zainab, que o Profeta proibiu de usar os utensílios (de vinho, chamados) Ad-Dubba, Al-Hantam, Al-Muqaiyar e Al-Muzaffat. Eu disse a ela, “Diga-me a qual tribo o Profeta pertenceu; ele era da tribo de Mudar?” Ela respondeu, “Ele pertenceu à tribo de Mudar e foi da descendência de An-Nadr bin Kinana.” (Sahih Al-Bukhari, Volume 4, Book 56, Number 698)

Os Muçulmanos podem dizer que Mohamed é descendente de Kedar e, assim, verdadeiro descendente de Ismael. Os biógrafos de Muçulmanos traçaram a linhagem de Mohamed a ‘Adnan, um alegado descendente de Ismael. A seguinte genealogia foi tirada do Dictionary of Islam de T. P. Hughes, pg. 217:

Adnan- Ma'add- Nizar- "Ilyas- Mudrikah- Khuzaimah- Kinanah- An-Nazr- Malik- Fihr- Luwaiy- Ka'b- Murrah- Kilab- Qusaiy- "Abdul Manaf- Hashim- Abdul Muttalib- Abdullah- Muhammad.

Este outro vem de um site Muçulmano:

Profeta Mohamed - Abdullah- Abd Al Muttalib- Hashim- Abd Manaf- Qusaiy- Kilab (Ancestor of the Holy Prophet's mother)- Murrah- Ka'b. Lu'ayy- Ghalib- Fihr- Malik- Al Nadr- Kinanah- Khuzaiymah- Mudrikah- Ilyas- Mudar- Nizar- Madd- `Adnan- Adad- Zayd- Yaqdud- Al Muqawwam- Al Yasa'- Nabt- Qaidar (Kedar)- Profeta Ismael (Alaihi Salaam)- Prophet Ibrahim (Alaihi Salaam)- Tarih- Nahur (Nahor)- Sharukh- Ar'u- Farigh- `Abir- Shalikh- Arfikhishd- Sam (Shem)- Prophet Nuh (Noah) (Alaihi Salaam)- Lamak- Mutawshilkh- Khanukh- Burrah- Mihlayil- Kaynun- Anuus- Shees (Seth) (Alaihi Salaam)- Prophet Adam (Alaihi Salaam). (Fonte.)

Do lado materno, a lista acima dá Mohamed - Aminah - Wahab - Abd Manaf - Zuhrah – Kilab, o mesmo Kilab do lado de Mohamed. Essa referência deriva de Ibn Al Jawzy através de Abi Muhammad Ibn Al Samarqandi, via ‘Ali Ibn ‘Ubayd de Kufa, um companheiro de Tha’lib Muhammad ibn Abdullah.

A seguinte genealogia foi tirada de Syed Yusuf:

 1 Abraham Hanifa (AS) foi pai de
 2 Isma'il (AS) foi pai de

 3 Kedar foi pai de
 4 "Adnaan foi pai de
 5 Ma'add foi pai de
 6 Nizaar foi pai de
 7 Mudar foi pai de
 8 Ilyaas foi pai de
 9 Mudrikah foi pai de
10 Khuzaimah foi pai de
11 Kinaanah foi pai de
12 Al-Nadr foi pai de
13 Maalik foi pai de
14 Quraysh foi pai de
15 Ghaalib foi pai de
16 Lu'ayy foi pai de
17 Ka'ab foi pai de
18 Murrah foi pai de
19 Kilaab foi pai de
20 Qusayy foi pai de
21 "Abd Manaaf foi pai de
22 Haashim foi pai de
23 "Abdul Muttalib foi pai de
24 "Abdullah foi pai de
25 Mohamed (SAW)

Há sérios problemas com essas genealogias. O primeiro problema é o lapso de tempo, como notado nas seguintes fontes:

“Se há apenas quatro gerações entre Adnan e Ismael, então há cerca de 24 ou 25 gerações entre Mohamed e Abraão, dando um lapso de tempo de cerca de 2500 anos. Isso marcas cerca de cem anos entre as gerações, o que é um pouco forçado (o que está ok para alguns gerações, como Abraão e Ismael, mas muito forçado se ocorre regularmente [entre cada geração]. Sabemos que as gerações próximas a Mohamed são muito normais, não tão longas, o que faz com que os encontros inter-gerações sejam mais amplos). Por outro lado, usando a data da referência 2, temos cerca de 32-33 gerações entre Abraão e Mohamed, nos dando uma abertura inter-gerações de cerca de setecentos anos. O que ainda continua incrivelmente alto.

Talvez poderia se dizer que estamos olhando para dados incompletos, que algumas gerações são omitidas (a mesma situação se vê na genealogia de Jesus em Mateus, onde se omitem alguns nomes). Poderia ser que ocorresse o mesmo com a genealogia Muçulmana. Por outro lado, se a hadice de que há apenas quatro gerações entre Adnan e Ismael for literal, então estamos diante de um problema. Se a hadice é verdadeira, então a genealogia Muçulmana é falsa (é muito difícil se imaginar tantos 100 anos entre uma geração e outra). Se a hadice é falsa, então temos que reavaliar a precisão dos registros das hadices. (Fonte; ênfases em negrito são nossas)

Comentando a lista de Yusuf dada acima, os autores do FreeThoughtMecca notam:

Primeiro, há vinte e quatro gerações entre Abraão e Mohamed, o que é muito fantástico. Agora, se dermos 30 anos para cada geração (i.e. se fizermos o generoso compromisso de dizer que cada pai teve seu filho com 30 anos), isso colocaria Abraão em algum tempo próximo a 150 a.C. A matemática por trás dessa conclusão é a que se segue:

30 x 24 = 720

Alegadamente se diz que Mohamed nasceu em 570 d.C.

570 – 720 = -150

Os textos mais antigos que mencionam Abraão foram encontrados em Qumran (os chamados “Manuscritos do Mar Morto”), que datam de cerca de 300 a.C. a 68 d.C. Com isso em mente é racional assumir que escritos sobre Abraão (bem como sobre números heróis Bíblicos, como Isaque, Jacó, Moisés, etc) já existiam no tempo que a genealogia acima põe os patriarcas. De fato, este é um ponto discutível, já que nenhum Muçulmano tentaria pôr a vida de Abraão próxima a 150 a.C.

O único meio de sair disso seria tomar uma página do folclore Judaico-Cristão, e começar a postular cenários, onde os patriarcas não chegam à puberdade até os 90 anos, são pais aos 120 e finalmente morrem com cerca de 200 anos de idade! Claro que isso é um grande absurdo, e mostra a extensão da tolice encontrada na religião “intelectual” conhecida como al-Islaam. (fonte; ênfases em negrito são nossas)

Deixando de lado as disparidades a respeito da idade de alguns dos Patriarcas, o problema com as genealogias Muçulmanas ainda permanece evidente.

O segundo problema com essas genealogias é que elas foram escritas muito depois da ascensão à fama de Mohamed. Em outras palavras, elas não se baseiam em registros pré-Islâmicos, mas em registros de Muçulmanos após a morte de Mohamed. Não é difícil de se imaginar Muçulmanos tramando genealogias entre figuras Bíblicas com o intuito de legitimar a auto-declaração de profeta de Mohamed. Vamos apontar novamente esta hadice:

Ma’n Ibn ‘Isa al-Ashja’i al-Qazzaz  (mercador de seda) informou-nos; ele nos disse: Mu’awuiyah Ibn Salih nos informou na autoridade de Yahya Ibn Jabir que viu alguns dos Companheiros do Profeta e disse: O povo de Banu Fuhayrah veio ao Profeta e disse-lhe: Você pertence a nós. Ele respondeu: Realmente, (o arcanjo) Gabriel me informou que pertenço a Mudar. (Ibn Sa'd, Kitab al-Tabaqat al-Kabir, Volume I, pg. 4)

Se isso for verdade, então a genealogia de Mohamed não era conhecida nem por ele e nem por seu clã. Caso contrário ele não poderia ter apelado ao conhecimento público e ou teria que apenar à revelação para se colocar em certa descendência. Ser descendente de Ismael (via Mudar) foi uma crença que começou com as próprias palavras de Mohamed, mas sem qualquer evidência histórica, nem mesmo durante sua vida. Por fim, não se sobre nada dessa afirmação, a não ser a própria afirmação infundada de Mohamed, ... ou de Muçulmanos posteriores que puseram isso em sua boca.

O terceiro problema com essas listas acima é que elas não são nem ao menos consistentes com aquela dada por Ibn Ishaq em sua Sirat Rasulullah. Ibn Ishaq, o mais antigo biógrafo de Mohamed, traça sua linhagem até Ismael através de Nabit (Nebaiote), não Kedar. Aqui está a lista de Ibn Ishaq:

A PURA DESCENDÊNCIA ADÂMICA DE MOHAMED

Abu Muhammad ‘Abdul Malik ibn Hisham, o Gramático, disse:

Este é o livro da biografia do apóstolo de Deus.

Muhammad foi filho de ‘Abdullah, b. "Abdu'l-Muttalib (cujo nome era Shayba), b. Hashim (cujo nome era Amr), b. "Abdu Manaf (cujo nome era al-Mughira), b. Qusayy (cujo nome era Zayd). B. Kilab, b. Murra, b. Ka'b, b. Lu'ayy, b. Ghalib, b. Fihr, b. Malik, b. al-Nadr, b. Kinana, b. Khuzayma, b. Mudrika (cujo nome era "Amir), b. Ilyas, b. Mudar, b. Nizar, b. Ma' add, b. "Adnan, b. Udd (or Udad), b. Muqawwam, b. Nahur, b.'Tayrah, b. Ya'rub, b. Yashjub, b. Nabit, b. Isma'il, b. Ibrahim, o amigo do Misericordioso, b. Tarih (que é Azar), b. Nahur, b. Sarugh, b. Ra'u, b. Falikh, b. "Aybar, b. Shalikh, b. Arfakhshadh, b. Sam, b. Nuh, b. Lamk, b. Mattushalakh, b. Akhnukh, que é o profeta Idris segundo o que eles alegaram, mas Deus sabe melhor (ele foi o primeiro dos filhos de Adão a quem a profecia e a escrita com caneta foi concedido), b. Yard, b. Mahlil, b. Qaynan, b. Yanish, b. Shith, b. Adam.

A LINHAGEM DE ISMAIL [ISMAEL]

Isma'il b. Ibrahim begat twelve sons: Nabit the elder, Qaydhar, Adhbul, Mabsha, Misma, Mashi, Dimma, Adhr, Tayma, Yatur, Nabish, Qaydhuma.Their mother was Ra'la d. Mudad b. "Amr al-Jurhumi (II). Jurhum era filho de Yaqtan b. ‘Aybar b. Shalikh, e [Yaqtan era] Qahtan b. ‘Aybar b. Shalikh. Segundo registros, Ismail viveu 130 anos e quando morreu foi enterrado nos santos arredores da Caaba, ao lado de sua mãe Hagar (I2). (The Life of Muhammad, trad. Alfred Guillaume [Oxford University Press, Karachi, décima impressão 1995], pgs. 3-4; ênfases em negrito são nossas)

Ishaq está basicamente em acordo com a Bíblia Sagrada a respeito dos nomes e número de filhos nascidos de Ismael. A única diferença é que Ishaq acredita que esses filhos foram concebidos em por Ra’la, um Jurhumita.

Isso nos leva ao problema final. A veracidade desses registros se baseia primariamente em assumir que Ismael habitou em Meca e se casou com uma Jurhumita. Já que Ismael não habitou Meca, mas em Parã e se casou com uma Egípcia, isso significa que nem Kedar e nem Nebaiote podem ter sido os ancestrais dos Árabes de Meca.

Há certos estudiosos Islâmicos que prontamente admitem este fato. O antigo professor Egípcio, Dr. Taha Husayn, considerado uma das maiores autoridades da literatura Árabe, ao comentar a história de Abraão e Ismael construindo a Caaba, disse:

“O caso para este episódio é muito óbvio porque é de data recente e entrou em voga logo com o advento do Islã. O Islã explorou isso por razões religiosas.” (Como citado em Mizan al-Islam por Anwar al-Jundi, pg. 170, entrado em Behind the Veil, pg. 184, fonte; ênfases em negrito são nossas)

Em sua refutação ao livro Islamic Invasion do Dr. Robert A. Morey, W. Aliyyuddin Shareef é honesto o bastante para admitir:

“Nos tempos pré-Islâmicos Ismael nunca fora mencionado como Pai dos Árabes.” (Shareef, In Response to Robert Morey’s Islamic Invasion, pgs. 3-4; ênfase em negrito é nossa)

A escritora Camilla Adang, numa nota de rodapé de seu livro Muslim Writers on Judaism and the Hebrew Bible from Ibn Rabban to Ibn Hazm, menciona:

... Ismael é considerado o progenitor dos Árabes. Dagon (1981) demonstrou que essa idéia é uma construção Islâmica E QUE NENHUMA CONEXÃO ENTRE ISMAEL E OS ÁRABES JAMAIS FORA FEITO NOS TEMPOS DO PERÍODO PRÉ-ISLÂMICO. Já no primeiro século, porém, Ismael veio a simbolizar o Islâmico Umma, e passagens bíblicas sobre Ismael foram tomadas para se referir a Muhammad, os Árabes ou a comunidade Muçulmana. (Adang, pg. 147; nota de rodapé 37: E.J. Brill Academic Publisher; Agosto de 1997 ISBN: 9004100342; ênfases em negrito e maiúsculas são nossas)

O ex-Muçulmano, agora ateu, Ibn Warraq escreve:

Lemos que [Abraão] nasceu na Caldéia e que era filho de um pobre oleiro que ganhava a vida fazendo ídolos de barro. É muito difícil de se acreditar que o filho desse homem tenha ido para Meca, a quase dois mil quilômetros além dos trópicos, passando por desertos intransitáveis. Se ele era um conquistador, ele, sem dúvidas, visava as refinadas terras da Assíria, e se ela era apenas um homem pobre, como é representado, ele não fundou nenhum reino em lugares estrangeiros. – Voltaire.

Para os historiadores, os Árabes não são mais descendentes de Ismael, filho de Abraão, do que os Franceses são de Fracus, filho de Heitor. – Máxime Rodinson

É virtualmente correto dizer que Abraão nunca foi a Meca. – Montgomery Watt

O ponto essencial... é que, fatos objetivos que tenham se estabelecidos por meio de métodos históricos confiáveis, tais devem ser aceitos. – Montgomery Watt

Segundo a tradição Muçulmana, Abraão e Ismael construíram a Caaba, estrutura em forma de cubo na Sagrada Mesquita em Meca. Mas fora dessas tradições não há absolutamente nenhuma evidência para tal afirmação – seja epigráfica, arqueológica ou documental. De fato, Snouck Hurgronje demonstrou que Mohamed inventou essa história para dar à sua religião uma posição e origem Árabe. Com essa brilhante improvisação, Mohamed estabeleceu a independência de sua religião, ao mesmo tempo em que incorpora ao Islã a Caaba com todas suas associação históricas e religiosas para os Árabes. (Ibn Warraq, Why I Am Not A Muslim [Prometheus Books, Amherst NY 1995], p. 131; ênfase em negrito é nossa)

Finalmente, o Islamicista Alfred Guillaume observa:

“... não há evidência histórica para a argumentação de que Abraão ou Ismael estiverem em algum momento em Meca, e se houvesse tal tradição, então teria de se explicar como toda a memória do nome Ismael em Semita Antigo (que não estava em forma verdadeiramente Árabe, há que seria corretamente escrito com uma consoante inicial Y) se perdeu. A forma escrita no Alcorão foi tirada de fontes Gregas e Síriacas.” (Alfred Guillaume, Islam [Penguin Books Inc., Baltimore, 1956] pgs. 61-62)

No caso de os Muçulmanos começarem a dizer que os textos Bíblicos foram adulterados, deve-se lembrar que os Judeus não têm qualquer razão para distorcer a localização de Parã já que nem os Cristãos e nem os Muçulmanos estavam perto de existir quando esses textos foram escritos. Assim, dizer que há distorção dos textos não resolverá o problema para os Muçulmanos.

À luz de toda essa confusão, se torna evidente que os dados Bíblicos são mais precisos e mais exatos já que são muito mais antigos e estão muito mais próximos a esses eventos. Já a que Bíblia Sagrada indica que Ismael nunca habitou em Meca, ele, então, não pode ser o pai dos Árabes que habitaram ali. Em outras palavras, Mohamed não é descendente de Ismael.

A serviço de nosso grande Deus e Salvador, o Senhor de eterna glória, Jesus Cristo. Amém. Vem Senhor Jesus. Sempre te amaremos.

 


* This article is a translation of "Ishmael is not the Father of Muhammad" - original

* Este artigo é uma tradução de "Ishmael is not the Father of Muhammad" - original

Voltar para a página principal

Back to English version

Palavras-chave

Mohamed, Maomé, Muhamed, Mohammed, Islã, Islam, Alcorão, Al-Corão, Quran, Korão, Al-Korão, hadith, hadice, sharia, tafsir, islamismo.


Contato